Tempo de Duração: 47 min cada
Ano de Lançamento: 2009 Qualidade: TVRip
Formato: Rmvb
Audio: Português (Portugal)
Legenda: -
Tamanho: +- 360 MB cada
Sinopse: GRANDES LIVROS é uma série de 12 documentários, com 50 minutos cada, narrados por Diogo Infante que pretende contribuir para a promoção da leitura das grandes obras da literatura portuguesa junto de todas as faixas etárias de falantes de português. Cada episódio contará com a participação dos principais especialistas na obra e/ou no autor em análise.
O conceito GRANDES LIVROS assenta na análise da obra mais emblemática de um escritor português: a estória, o contexto histórico, a importância que teve/tem, a história do autor. A selecção obedece ao seguinte critério: um livro por autor; autores portugueses falecidos; obras passíveis de serem abordadas em televisão e apelarem a uma grande faixa da população.
Episódio 01: Os Maias, Eça de Queirós
A história de uma família portuguesa, em finais do século XIX, tornou-se uma das obras mais consagradas a nível mundial. Do punho de Eça de Queirós, numa escrita realista que apontava todos os “podres” dos protagonistas, seguimos os Maias. Nas figuras do patriarca Afonso, do traído Pedro e do diletante Carlos apresentam-se três gerações de uma família de elevado estatuto nas lides lisboetas.
O palácio do Ramalhete, o Teatro da Trindade e Sintra são alguns dos palcos da ação. Nestes lugares desfilam personagens-tipo de um tempo “queirosiano”: mulheres fatais, políticos corruptos, jovens utópicos que assumem um papel de mudança no futuro do país, para, no fim, nada terem feito.
O palácio do Ramalhete, o Teatro da Trindade e Sintra são alguns dos palcos da ação. Nestes lugares desfilam personagens-tipo de um tempo “queirosiano”: mulheres fatais, políticos corruptos, jovens utópicos que assumem um papel de mudança no futuro do país, para, no fim, nada terem feito.
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Episódio 02: Peregrinação, Fernão Mendes Pinto
Na «Peregrinação» o autor narra a sua vida, de aventuras e desventuras, e as suas viagens pelo Oriente, ao longo de 21 anos, em relatos de enorme riqueza, com descrições muito pormenorizadas dos povos, das línguas e das terras por onde passou. Estas descrições revelam uma enorme admiração e fascínio pela grandiosidade dessas civilizações. Chega, inclusive, a recorrer a personagens orientais para tecer críticas à cobiça e ambição dos mercadores e militares ocidentais. Por outro lado, no Ocidente da época ninguém acreditava que o Oriente fosse assim tão rico e tão diferente quanto a tradições culturais. Por estes factos, o autor é acusado por muitos de exagero, tendo ficado célebre o dito popular «Fernão, Mentes? Minto!» Hoje é consensual o valor histórico e literário da sua obra, feita de elementos verídicos e de ficção. Suspeita-se que algumas partes dos seus escritos tenham sido destruídas pelos Jesuítas aquando da Inquisição.
À época da sua publicação, «Peregrinação» torna-se um sucesso, um pouco por toda a Europa, pelos conhecimentos amplos sobre o Oriente. Nos anos seguintes, teve dezanove edições, em seis línguas.
À época da sua publicação, «Peregrinação» torna-se um sucesso, um pouco por toda a Europa, pelos conhecimentos amplos sobre o Oriente. Nos anos seguintes, teve dezanove edições, em seis línguas.
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Episódio 03: O Delfim, José Cardoso Pires
Portugal, anos 60. Sem saber como, um livro escapou às teias da censura e mostrou um país podre, cheio de senhores feudais que dominavam o seu território com punho de ferro. Um deles é o senhor Engenheiro Tomás da Palma Bravo. Ou o Infante, o Delfim, como lhe chamavam os habitantes da Gafeira ou as prostitutas de Lisboa que ele visitava com frequência. Mas voltemos ao livro.
Em 1968, José Cardoso Pires lançava ao público O Delfim, um policial, um retrato de costumes, uma alegoria do Portugal minado pelo regime salazarista. Existe um crime, duas mortes e uma investigação levada a cabo por quem nos narra a história. Alguém que já conheceu os intervenientes na tragédia, alguém que ouviu o Infante falar de mulheres e de traição. Alguém que, numa busca constante, não nos revela qualquer culpado.
Em 1968, José Cardoso Pires lançava ao público O Delfim, um policial, um retrato de costumes, uma alegoria do Portugal minado pelo regime salazarista. Existe um crime, duas mortes e uma investigação levada a cabo por quem nos narra a história. Alguém que já conheceu os intervenientes na tragédia, alguém que ouviu o Infante falar de mulheres e de traição. Alguém que, numa busca constante, não nos revela qualquer culpado.
E depois, como o epicentro de uma comunidade que sobrevive das bênçãos de um déspota isolado, que renega a mulher estéril que mantém prisioneira em casa, surge a imagem misteriosa da Lagoa da Gafeira. Dono desse pedaço de água, onde o detective parece ouvir latidos sombrios de um mastim negro de dentes arreganhados, Tomás da Palma Bravo descobriu Maria das Mercês. A mulher que, não se tem a certeza, cometeu adultério com o preto e maneta Domingos, surge a boiar na Lagoa, é enterrada como “puta” e assombra as páginas deste livro imenso.
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Episódio 04: Os Lusíadas, Luís de Camões
É só um dos versos mais conhecidos da literatura portuguesa: “As armas e os barões assinalados…” Linha de abertura da maior epopeia literária, a obra-prima de Luís Vaz de Camões, o grande poema português.
Publicado em 1572, este livro é constituído por dez cantos, dez partes que narram os feitos históricos dos portugueses. Através da viagem marítima de Vasco da Gama para a Índia e das aventuras dos marinheiros nas Descobertas são entrelaçados os mitos, as figuras e os momentos que definem a História de Portugal.
Inês de Castro, D. Afonso Henriques, Nuno Álvares Pereira e tantos outros passeiam pelas estrofes e compõem um quadro grandioso de exaltação dos descendentes de Luso, os portugueses.
Na linha das epopeias clássicas, tais como a Odisseia ou a Eneida, a obra está dividida em quatro partes: Proposição, Invocação, Dedicatória e Narração. As três primeiras condensam-se no Canto I, com o maior excerto a mencionar D. Sebastião, o jovem rei a quem a obra foi dedicada.
Episódio 05: Amor de Perdição, Camilo Castelo Branco
Publicado em 1572, este livro é constituído por dez cantos, dez partes que narram os feitos históricos dos portugueses. Através da viagem marítima de Vasco da Gama para a Índia e das aventuras dos marinheiros nas Descobertas são entrelaçados os mitos, as figuras e os momentos que definem a História de Portugal.
Inês de Castro, D. Afonso Henriques, Nuno Álvares Pereira e tantos outros passeiam pelas estrofes e compõem um quadro grandioso de exaltação dos descendentes de Luso, os portugueses.
Na linha das epopeias clássicas, tais como a Odisseia ou a Eneida, a obra está dividida em quatro partes: Proposição, Invocação, Dedicatória e Narração. As três primeiras condensam-se no Canto I, com o maior excerto a mencionar D. Sebastião, o jovem rei a quem a obra foi dedicada.
Polêmicas à parte, e se contarmos que o livro foi aprovado pelos censores do Santo Ofício, braço-direito da Inquisição, mesmo com as lascivas descrições do episódio da “Ilha dos Amores”, este continua a ser um dos textos mais importantes da literatura portuguesa.
O Velho do Restelo ou o gigante Adamastor, mais que figuras míticas de um poema, já se tornaram referências desta cultura que é a nossa… e que Camões cantou.
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Publicado em 1842, e se crermos nos testemunhos escritos de Camilo, o livro foi escrito nos “catorze dias mais tormentosos” da sua vida. Preso na Cadeia a Relação do Porto por ter “copulado com mulher alheia”, a sua Ana Plácido, o autor buscou na sua genealogia a inspiração para esta versão portuguesa de “Romeu e Julieta”. O seu tio Simão havia conhecido os calabouços daquela prisão e também “amou, perdeu-se e morreu amando”.
Num leque de personagens-tipo do Romantismo, Camilo desenhou um drama intemporal, com morte, devaneios, belíssimas cartas que extravasam os sentimentos do jovem casal apaixonado e duas famílias rivais que não toleram o romance. Com o auxílio de João da Cruz, de sua filha Mariana e de outras figuras de destaque, a intriga, a desgraça e o amor negado percorrem as páginas desta obra. No fim, só a morte permite que eles se encontrem, finalmente, juntos.
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Episódio 06: Navegações, Sophia de Mello Breyner
Episódio 07: Sermão de Santo António aos Peixes, Padre António Vieira
Pregado no Maranhão (Brasil), a 13 de Junho de 1654, o Sermão de Santo António aos Peixes é um dos textos mais conhecidos de padre António Vieira. Após a restauração da independência de Portugal face à coroa espanhola (1640), o sacerdote vem a Lisboa interceder junto do rei para que fossem criadas leis que garantissem um conjunto de direitos básicos aos índios brasileiros, vítimas da exploração e da ganância por parte dos colonos brancos.
Organizado em seis capítulos, o sermão divide-se em três partes: o Exórdio (Cap. I); a Exposição e a Confirmação (Cap. II, III, IV e V); e a Peroração (Cap. VI).
Organizado em seis capítulos, o sermão divide-se em três partes: o Exórdio (Cap. I); a Exposição e a Confirmação (Cap. II, III, IV e V); e a Peroração (Cap. VI).
No Exórdio, Padre António Vieira apresenta o conceito predicável – “Vós sois o sal da Terra” – e explica as razões pelas quais a terra está tão corrupta. E levanta várias hipóteses: ou a culpa está no sal (pregadores), ou na terra (ouvintes). Se a responsabilidade está no sal, é porque os pregadores não pregam a verdadeira doutrina, ou porque dizem uma coisa e fazem outra, ou porque se pregam a si e não a Cristo. Se a culpa está na terra, é porque os ouvintes não querem receber a doutrina, ou antes imitam os pregadores e não o que eles dizem, ou porque servem os seus apetites e não os de Cristo.
Parte do princípio que a terra está corrupta e que a culpa é dos ouvintes. Consegue isto, uma vez que o sermão é proferido no dia de Santo António, aproveitando assim o exemplo deste. Santo António não obteve resultados da sua pregação e os homens até o quiseram matar, mas em vez de desistir resolveu pregar aos peixes. Vendo-se nessa posição, padre António Viera resolve seguir o exemplo inspirador do seu homônimo canonizado.
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Episódio 08: Aparição, Vergílio Ferreira
Um homem chega a Évora… e nada será igual. Alberto Soares traz a dor recente da morte do pai, as dúvidas sobre a sua própria existência e a ignorância sobre a vida pacata da branca cidade alentejana. A partir desta chegada sombria, do início das aulas no liceu, dos conhecimentos que trava no ano que lá passa, desenrola-se a questionação do papel do homem.
Afinal, a questão continua cada vez mais presente: quem sou eu?
Vergílio Ferreira continuou neste livro a sua “quase” obra única: uma espécie de manifesto existencialista, de eterna colocação de perguntas sobre a função da humanidade neste território e da ausência de um deus que amenizasse a não-descoberta.
Publicado em 1959, Aparição permanece um dos romances mais importantes do século XX português. O quadro que pinta cidade alentejana, das suas gentes e dos seus costumes continua a fazer sentido e a encontrar semelhanças com a atualidade. Vergílio Ferreira também leccionou em Évora e os paralelismos autobiográficos sucedem-se, numa interligação com o papel de difusor de uma mensagem transcendental que Alberto desempenha. Em redor, a compor a moldura, temos Bexiguinha, Ana, o Doutor Moura, a Madame, o Bailote, a Cristina e uma Sofia que não cabe naquela época, tudo personagens que se imiscuíram na literatura e se repercutem na realidade. Afinal, a questão continua cada vez mais presente: quem sou eu?
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Episódio 09: Livro do Desassossego, Fernando Pessoa
O «Livro do Desassossego» resulta da junção de textos avulsos encontrados no espólio de Fernando Pessoa. Bernardo Soares é o autor – embora algumas edições atribuam a co-autoria do livro a Vicente Guedes, um outro “eu” de Pessoa. A organização desses escritos, fragmentados em folhas soltas – muitas delas incluindo as iniciais L. do D. –, deu origem a edições distintas do «Livro do Desassossego», que variam consoante os critérios utilizados pelo editor. A primeira data de 1982 – quase 50 anos após a morte de Pessoa. Alguns autores defendem a publicação – “ideal” – do «Livro do Desassossego» em versão folhas soltas, sem encadernação, o que, segundo os mesmos, permitiria manter a ideia original de Pessoa, deixando a cargo do leitor o encadeamento da leitura.
O «Livro do Desassossego» assemelha-se a um diário, a um blogue. Baseia-se em anotações fruto das vivências, interrogações ou reflexões. Esta característica torna o livro singular, já que não tem uma narrativa definida, com princípio, meio e fim. Esse facto não diminui a obra de Pessoa, antes pelo contrário. Imprime-lhe, reconhecidamente, um fulgor, apenas ao alcance dos grandes mestres da escrita.
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Episódio 10: Sinais de Fogo, Jorge de Sena
Episódio 11: Viagens na Minha Terra, Almeida Garrett
Publicada em 1846, a obra Viagens na Minha Terra continua a ser um texto de difícil definição. Exemplo magistral do talento de Almeida Garrett, este livro condensa vários estilos literários e um dos retratos mais realistas do Portugal do século XIX. Narrativa de viagens, manifesto político, crónica jornalística, romance, tudo cabe dentro nestas páginas.
A “história” começa com a partida de Lisboa de um sujeito-narrador (identificado como Almeida Garrett) rumo a Santarém, para uns dias de descanso na casa de seu amigo Passos Manuel. A partir daqui, e com descrições esplendorosas de certas áreas de Lisboa que hoje já não se descobrem, o narrador segue o seu trajeto… de barco, de charrete e até às costas de um simpático burrico. Enquanto viaja, também a sua mente vagueia pelo passado, pelo presente e pelo futuro. São estas as outras “Viagens” que o titulo aponta: um olhar sobre o Portugal de oitocentos, sobre a sociedade nacional, sobre a politica corrupta, sobre o desencanto final do liberalismo. Entre as observações surge um paradoxo inesquecível: os “frades” e os “barões”, quais Sancho Pança e Dom Quixote lusitanos, que, entre si, tomam as rédeas do país e incutem o progresso. Os “frades” representam o conservadorismo, a tradição, os velhos e inquebráveis costumes. Os “barões” são os acomodados, os antigos lutadores que, abdicando dos seus ideais, se entregam ao vício, ao diletantismo e a preguiça da demagogia. Um sem o outro não existem, um sem o outro não fazem o país caminhar.
A “história” começa com a partida de Lisboa de um sujeito-narrador (identificado como Almeida Garrett) rumo a Santarém, para uns dias de descanso na casa de seu amigo Passos Manuel. A partir daqui, e com descrições esplendorosas de certas áreas de Lisboa que hoje já não se descobrem, o narrador segue o seu trajeto… de barco, de charrete e até às costas de um simpático burrico. Enquanto viaja, também a sua mente vagueia pelo passado, pelo presente e pelo futuro. São estas as outras “Viagens” que o titulo aponta: um olhar sobre o Portugal de oitocentos, sobre a sociedade nacional, sobre a politica corrupta, sobre o desencanto final do liberalismo. Entre as observações surge um paradoxo inesquecível: os “frades” e os “barões”, quais Sancho Pança e Dom Quixote lusitanos, que, entre si, tomam as rédeas do país e incutem o progresso. Os “frades” representam o conservadorismo, a tradição, os velhos e inquebráveis costumes. Os “barões” são os acomodados, os antigos lutadores que, abdicando dos seus ideais, se entregam ao vício, ao diletantismo e a preguiça da demagogia. Um sem o outro não existem, um sem o outro não fazem o país caminhar.
Mas há muito mais nas páginas de “Viagens na Minha Terra”.
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Episódio 12: Mau Tempo no Canal, Vitorino Nemésio
Mau Tempo no Canal é um romance trabalhado desde 1939 e publicado em 1949.
A acção decorre nas ilhas do Faial, Terceira, Pico e na ilha de São Jorge entre 1917 e 1919 e retrata a sociedade açoriana, mais concretamente, a sociedade estratificada da cidade da Horta, local onde decorre a intriga principal e onde Vitorino Nemésio se encontra nesta altura da sua vida.
O livro começa com um namoro entre Margarida, filha de uma família aristocrática à beira da falência, e João Garcia – filho de Januário, pequenos burgueses com talento para o negócio mas escorraçados pelos primeiros, os Clark/Dulmo.
O pai abusivo de Margarida, Diogo, propõe-lhe que case com o tio Roberto, que virá de Londres e que, rico ainda, poderá salvar da desgraça os fidalgos arruinados seus parentes. Entretanto, Januário, pai de João, congemina vinganças contra os Clark Dulmo que tanto o despeitaram...
Literalmente pelo meio, está o canal do título, o braço de mar que divide as ilhas do Faial e do Pico, que divide os proprietários e novos-ricos da Horta dos pobres, populares e simples baleeiros do Pico, com quem Margarida dialoga na mesma pronúncia, no mesmo sotaque, ao longo do romance.
A acção decorre nas ilhas do Faial, Terceira, Pico e na ilha de São Jorge entre 1917 e 1919 e retrata a sociedade açoriana, mais concretamente, a sociedade estratificada da cidade da Horta, local onde decorre a intriga principal e onde Vitorino Nemésio se encontra nesta altura da sua vida.
O livro começa com um namoro entre Margarida, filha de uma família aristocrática à beira da falência, e João Garcia – filho de Januário, pequenos burgueses com talento para o negócio mas escorraçados pelos primeiros, os Clark/Dulmo.
O pai abusivo de Margarida, Diogo, propõe-lhe que case com o tio Roberto, que virá de Londres e que, rico ainda, poderá salvar da desgraça os fidalgos arruinados seus parentes. Entretanto, Januário, pai de João, congemina vinganças contra os Clark Dulmo que tanto o despeitaram...
Literalmente pelo meio, está o canal do título, o braço de mar que divide as ilhas do Faial e do Pico, que divide os proprietários e novos-ricos da Horta dos pobres, populares e simples baleeiros do Pico, com quem Margarida dialoga na mesma pronúncia, no mesmo sotaque, ao longo do romance.
Mau Tempo no Canal conta uma quantidade de histórias numa só, é uma trama que enreda uma série de sucedidos e cujo ponto de apoio mais evidente é a relação entre dois personagens, entre duas famílias e entre dois estratos sociais.
Os afetos, as paixões e os amores surgem-nos inteiros, frescos, intensos. Entramos no coração de uma menina de boas famílias, dividida entre o amor original de um rapaz de família indesejada e o dever de alianças com famílias de bem.
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2 comentários:
será que é possível remover o protetor de links? eu sou portuguesa, então o meu número de telemóvel não dá. obrigada
LINKS ATUALIZADOS!
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